E ste é um tema muito comentado na Internet, há vários textos na Internet tratando do assunto, mas aqui, quero fazê-lo sob uma ótica diferente. A pirataria ganhou espaços e adeptos com a evolução da tecnologia que cada vez mais permite que produtos sejam copiados e distribuído tanto para uso próprio ou para comercializa ção. Como o foco do texto é o mercado evangélico, vou me referir a pirataria exclusivamente deste mercado. Podemos afirmar que a pirataria é um crime, e é muito natural que seja considerado pecado, mas meu objetivo não é escrever um artigo sob os aspectos legais da pirataria, nem se é pecado ou não. O meu foco é falar sobre o conteúdo dos produtos evangélicos e sua origem, não será fácil abordar este tema sob uma ótica diferente, principalmente quando a idéia é contraria a tudo que já foi dito.
Por causa da campanha que vendo sendo feito meio evangélico sobre o assunto, é que resolvi escrever sobre a pirataria. Quando comecei a pensar neste assunto, não lembrava de nenhuma passagem bíblica, e fiquei relutante em escrever sobre o tema, mas ao meditar no livro de Mateus, tive a coragem necessária para escrever. No capítulo 23 do livro de Mateus, Jesus faz um alerta sobre os falsos líderes religiosos (escribas e fariseus), Ele era contra a hipocrisia dos líderes religiosos, pois estes estavam mais interessado na aparência, na apresentação externa, do que na justiça, fé e misericórdia (Mat 23:1-7).
Como o foco não é a pirataria, mas o conteúdo, é lícito fazer riqueza com produtos gospel? é lícito fazer riqueza com talentos dado por Deus? O conteúdo dos produtos evangélicos não são a palavra de Deus cantada, interpretada e escrita? Então porque cantores, bandas e pastores escritores, que foram inspirados por Deus cobram os direitos autorais? Não foram essas pessoas, que Deus concedeu talentos para trabalhar na sua obra? é correto fazer da palavra de Deus um meio de ganhar dinheiro profissionalmente? Não estou falando dos pastores, que são mantido pelas igrejas, mas também não sou a favor de pagar altos salários para pastores, pagar mordomias abusivas, enquanto que na igreja existem famílias necessitadas, viúvas, etc.
O livro "Contrabandista de Deus" conta história de um missionário que arriscou a vida para levar a bíblia, para dentro dos países da Cortina de Ferro. O objetivo do irmão André, como ficou conhecido no mundo todo, era levar a palavra de Deus para aquelas igrejas remanescente nos países comunistas. Ao olharmos a história, ficamos admirado com a coragem do irmão, que mesmo correndo perigo de vida, pois se os exércitos descobrissem que ele estava contrabandeando bíblia ele seria executado. Ele cometia um crime pelas leis daqueles países, mas moralmente ele não cometia crime algum.
Seria justo condenarmos um cristão que faz cópia de livros, músicas e etc com a finalidade sincera de que a palavra de Deus possa alcançar uma vida? Há condenação para esta pessoa? pelo que andam falando, o irmão está em pecado, esta cometendo um crime. Qual o verdadeiro motivo para as campanhas anti-pirataria no meio evangélico? Não estariam eles com a intenção de aumentar a lucratividade do negócio?
Mas como surgiram as livrarias? casas publicadoras? gravadoras? bandas gospel? não tiveram todos a mesma origem? as igrejas locais? De onde surgiram a maioria dos recursos para montar livrarias, gravadoras, bandas, cantores, gravação de CDs. Aquilo que um dia começou como chamado, talento, hoje se tornou um negócio lucrativo, que a cada que passa se torna mais profissional.
Onde estão os verdadeiros piratas?
Pense nisso! Graça e Paz
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